quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

História da rede ciclável holandesa

Tragam as infrastruturas para a bicicleta, e os ciclistas aparecem, ou como indicam no vídeo "Built it and they will come!".

O vídeo original está em inglês:



Aqui é possível encontrar traduzido em português do Brasil (com algumas considerações sobre o cenário brasileiro):




A situação da economia problemática e combustíveis caros soa familiar, não soa?

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Sugestões para o Barreiro - Bicicletas e escadas na via pública

Já tinha aqui levantado a questão de como passar o túnel da Rua Miguel Bombarda.
Para quem é menos afoito, a solução é utilizar a rampa para carrinhos de bebé e cadeira de rodas. Não é uma solução má não fora o passeio estreito e murado (com peões) para chegar à rampa. E quando não houver rampas e apenas escadas?

Um exemplo são as "novas" estações de caminho de ferro do Lavradio e Baixa da Banheira, que dividem zonas urbanas. Disponibilizam acessos para atravessar a linha de caminho de ferro através de escadas e elevadores.

Eu já utilizei uma vez a estação do Lavradio, e os elevadores estavam fora de serviço. Carregámos as bicicletas vários lanços de escada acima e abaixo. Os elevadores são uma solução técnica complicada, com manutenção cara, lenta, e limitada. Especialmente na presença de peões que realmente não têm outra opção, e que são os destinatários dos elevadores (estes têm uma guerra muito maior e mais desigual que os ciclistas urbanos).
Elevadores não são para bicicletas, especialmente se houver muitas. Uma bicicleta num elevador rouba espaço a uns três ou quatro peões. Que outra opção?

Entretanto este fim de semana encontrei uma solução na passagem pedonal em Belém (para quem quiser passar por baixo das avenidas e da linha de comboio) destinada a quem quiser utilizar as escadas levando a bicicleta pela mão:



Esta solução é bastante comum mas por alguma razão estava esquecida aqui num canto do cérebro. Funciona em qualquer altura do ano, é bastante robusta, atrapalha pouco quem quiser utilizar o corrimão deste lado da escada, e é uma solução bastante mais económica.


Esta opção vive do senso comum (tantas vezes ausente)  expresso no artigo 104 alínea b) do Código da Estrada:

Artigo 104.º (1) Equiparação

É equiparado ao trânsito de peões:
a) ...
b) A condução à mão de velocípedes de duas rodas sem carro atrelado e de carros de crianças ou de pessoas com deficiência;
c) ...
d) ...
e) ...
f) ...

Na prática, uma bicicleta pela mão consegue ir onde consegue ir um peão. No caso das escadas bastava a pequena ajuda da foto.

nUnO

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Comparativo de efficiência de transportes em OVOS

Qual é a eficiência da bicicleta? (Contabilizado em ovos)


Traduzido [daqui]

Um ciclista de 62 kg a 10 milhas por hora / 16 km por hora, queima aproximadamente 25 calorias por milha (1,6 km). Um ovo extra grande fornece 80 calorias. Um ciclista pode viajar cerca de três milhas (5 km) com a energia de um ovo.
0 (símbolo de um ovo)

Uma pessoa andando exigiria três ovos para percorrer a mesma distância. (  pessoa de
62 kg caminhando três milhas por hora / 5 km por hora, queima aproximadamente 80 calorias por milha / 1,6 km)
000

Um autocarro carregado exige o equivalente a duas dúzias de ovos para cada pessoa que transporta durante três milhas.
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Um comboio exige o equivalente a três dúzias de ovos para cada pessoa que transporta durante três milhas.
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Um carro que faça 12,5 milhas por galão (aproximadamente 31 mil calorias por galão) exige o equivalente a 93 (7,75 dúzias) de ovos para levar uma pessoa três milhas.
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Mesmo dobrando as milhas por galão (25 mpg) eo dobro da ocupação (dois), um carro ainda usará o equivalente a 23 ovos para fazer a viagem - mais de vinte vezes uma bicicleta.
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Mesmo um Toyota Prius, obtendo 50 mpg, carregado com quatro adultos (quantas vezes se isso), consome seis vezes a energia por pessoa de como o ciclista, para a viagem.
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terça-feira, 18 de outubro de 2011

bike buddy



Imagine que quer começar a andar de bicicleta na cidade e não sabe como.
Há utilizadores experientes de bicicleta em contexto urbano, que estão dispostos a ajudá-la(o).
É isso mesmo que são os Bike Buddies, uma iniciativa da MUBi - Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta.

http://bikebuddy.mubi.pt/

bordeaux cycle chic

Bordeaux Cycle Chic_85

Bordeaux Cycle Chic_15

Bordeaux Cycle Chic_6

Bordeaux Cycle Chic Hommes (9)


fotos tiradas daqui: http://www.flickr.com/photos/16nine/sets/72157627905565688/with/6249552142/

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Sugestões para a mobilidade no Barreiro - Sentidos proibidos II

Havia [dúvidas] se seria possível colocar por baixo do sinal de sentido proibido, um sinal extra a indicar "Excepto velocípedes".



Hoje encontrei a resposta num site relacionado com as bicicletas em Lisboa: [http://bicicletanacidade.blogspot.com/]

Vejam o [artigo] com a imagem (indicado como localizada em Monsanto, Lisboa):



nUnO

Sugestões para a mobilidade no Barreiro - Estacionamento de bicicletas II

Já tinha levantado [aqui] a questão de instalar estacionamento conveniente para quem utiliza a bicicleta.

Tive a felicidade de descobrir no site da FPCUB - [Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores] de Bicicleta um trabalho mais estruturado sobre o tipo de estacionamento que prefiro (o U invertido)



Neste artigo defendem o mesmo tipo de estacionamento e fornecem um documento guia para a instalação técnica deste do estacionamento tipo “Sheffield” [PDF]


Apresentam também um caso onde este guia foi aplicado no IMTT [com imagens]:






nUnO

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Sugestões para a mobilidade no Barreiro - Sentidos proibidos

Esta será a sugestão mais complicada apresentada aqui até agora.

Envolve  repensar o sentido dos sentidos proibidos nas ruas do Barreiro.

Segue-se um exemplo no centro do Barreiro. Para quem está na Rua Vasco da Gama e quer ir para o Túnel da Rua Miguel Bombarda, deslocar-se-á de maneira diferente conforme o meio de transporte disponível. Eis o local em questão:


Se for um peão, traçará o caminho mais directo pela Avenida da República, virando à esquerda e de seguida à direita:


 Se estiver de carro, devido aos sentidos proibidos, terá que seguir até à Av. da República e contornar pela direita, seguir a Rua dos Combatentes da Grande Guerra, virar na Av. Alfredo da Silva, seguir até ao cruzamento, e finalmente tomar a Rua Miguel Bombarda. Para evitar umas centenas de metros em piso de paralelepípedo, pode-se contornar pela Rua Stara Zagora (aumentando ainda mais a distância, número de cruzamentos e rotundas atravessados, e tempo). Em baixo apresenta-se o trajecto mais curto, aproveitando a Rua Joaquim da Silva Simplício, que mesmo assim, cobre o dobro da distância feita no trajecto a pé:



E de bicicleta? 

Segundo o código da estrada e respeitando os sentidos proibidos, o trajecto a tomar seria o do automóvel, com uma distância de 800 metros e 4 cruzamentos.Na prática, onde passam pessoas a pé também passam bicicletas, e o primeiro trajecto mais curto seria o mais prático para um ciclista. Seguir a lei ou o pragmatismo?


A questão levantada aqui e que proponho que seja repensado é: porque existem sentidos proibidos nestas ruas e a quem servem? 

Na minha opinião, penso que a razão tem menos a ver com planeamento de tráfego, e mais a ver com o facto de que as ruas só têm largura para um carro (e uma fila de estacionamento):

Por arrasto, todos os outros veículos são obrigados a seguir as regras que foram pensadas para o automóvel e que estão limitadas ao uso destes veículos.


Que outra solução existe? 

Em baixo está uma foto da rua onde outrora morei. É clara a ausência de carros estacionados, mas o ponto que quero destacar é a mensagem por baixo do sinal de "sentido proibido":


Neste sinal lê-se "uitgezonderd", que se traduz directamente em "excepto". Quem planeou o tráfego nesta zona habitacional, apercebeu-se que, apesar da via ser estreita para trânsito automóvel nos dois sentidos, não o é para velocípedes e motorizadas.

Na verdade, esta prática é comum no país em questão, em zonas de trânsito de baixa velocidade.



Será uma ideia louca permitir às bicicletas circularem em sentido contrário aos automóveis?
A dificuldade é inicial: tanto os ciclistas como os automobilistas teriam de se habituar a esta possibilidade.
Eventualmente, os ganhos seriam caminhos mais práticos e curtos para quem pedala, e uma atenção redobrada e condução mais defensiva de quem conduz em áreas de trânsito lento (muito benéfico também para os peões).

A implementação deste novo planeamento pode ser sempre auxiliado com a ajuda do sinal de trânsito já referido noutro post:



A17 - Saída de ciclistas



Perdoem-me se agora for um pouco "mauzinho". 

É legítimo autorizar um comportamento que parece ir contra o código da estrada? Não sei, e teria que investigar. Mas sei que já foi feito!

Apesar do código da estrada não permitir o estacionamento nos passeios, na Rua 20 de Abril existia outrora estacionamento abusivo sistematizado no passeio. A dada altura, para acabar com o contínuo estacionamento ilegal, este foi legitimado com a introdução de marcas no passeio e a colocação de pilaretes. "Criaram-se" lugares de estacionamento autorizados onde antes não eram autorizados:


No caso das bicicletas parece-me que se pode fazer o mesmo: colocar sinalização vertical, para legitimar o que (suspeito que) os ciclistas já fazem nas ruas de sentido único.


nUnO

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Sugestões para a mobilidade no Barreiro - Paralelipípedos

Há certos locais no Barreiro onde a estrada é pavimentada com paralelipípedo.

Suponho que haja certas vantagens em relação ao alcatrão em termos de manutenção, mas traz alguns problemas. É mais desconfortável, e quando o automóvel passa faz mais barulho.

De bicicleta agrava-se o desconforto.


O exemplo que mais vezes percorro é o trecho de estrada entre a saída do Túnel da Rua Miguel Bombarda, até à saída para direita para uma das rotundas do fórum. São 90 metros de paralelepípedos.O acesso entre a Miguel Pais e a antiga estação do Barreiro (rota alternativa ao viaduto) também é feito neste tipo de pavimento.







Nas circunstâncias actuais não há dinheiro para pavimentar ruas. No entanto, talvez fosse mais económico apenas revestir as bermas deste troço de 90m (2 x 90m de comprimento x 0.8 m de largura) para facilitar o conforto dos velocípedes, já que é exactamente nas bermas onde a pavimentação é mais irregular, e também facilitaria a remoção de detritos. Repensar as sarjetas talvez já seja pedir demasiado.


Isto permitiria ciclar de forma suave até à primeira saída, e entrar no centro pela Rua Stara Zagora. Isto é o que faço actualmente para evitar o resto do pavimento na Miguel Bombarda.

O risco desta medida seria os automóveis circularem com as rodas do lado direito por cima desta ciclovia para poupar metade das suspensões, o que provocaria uma maior deterioração da via. Seria importante colocar umas "sharrows" para deixar claro a principal função do revestimento.


nUnO